Surdos Emocionais: Quando o Outro Não Quer Ouvir
Você já tentou falar, explicar, se fazer entender… e percebeu que a pessoa simplesmente não escuta?
Ela está ali fisicamente, parece presente — mas emocionalmente é como se existisse um muro invisível. Suas palavras batem… e voltam. Não há acolhimento, não há troca, não há escuta real.
Esse é o universo dos surdos emocionais.
Pessoas que, sufocadas por suas próprias dores, traumas e frustrações, constroem uma barreira invisível, não apenas contra os outros — mas contra si mesmas.
O que é um surdo emocional?
É aquele que não ouve, não acolhe e não consegue dialogar de verdade. Não porque não tenha ouvidos. Mas porque a dor ocupa tanto espaço dentro dele, que não sobra espaço para escutar o outro.
Ele vive fechado em si. Preso em ciclos internos de reclamação, vitimismo, cobrança, crítica ou silêncio agressivo.
Por que é tão difícil se relacionar com alguém assim?
Pontos Positivos (para quem vive nesse padrão)
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Sente que está se protegendo de novas dores.
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Mantém-se no papel conhecido de vítima ou de ferido, o que parece mais seguro.
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Evita encarar verdades internas que poderiam gerar desconforto ou mudança.
Pontos Negativos (para quem convive com ele)
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Não há espaço para diálogo real — tudo vira disputa, defesa ou negação.
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A relação vai se desgastando, até chegar no isolamento emocional.
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O convívio gera cansaço, adoecimento e esgotamento afetivo.
Quais as consequências de se manter numa relação assim?
Pontos Positivos (se é que podemos chamar assim)
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O vínculo se mantém, às vezes, por questões práticas, sociais ou familiares.
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Quem convive desenvolve — na marra — inteligência emocional, autoconhecimento e limites.
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Alimenta-se a ilusão de que está “fazendo sua parte” tentando manter o relacionamento.
Pontos Negativos
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Desgaste mental, físico e emocional.
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O lar perde a harmonia. Conversas se tornam discussões ou silêncios dolorosos.
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As pessoas começam a se afastar afetivamente, mesmo que estejam fisicamente presentes.
Até quando insistir?
Quando ainda vale a pena:
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Quando há sinais, ainda que mínimos, de abertura para mudança.
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Quando é possível estabelecer limites e proteger sua saúde emocional.
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Quando a convivência é necessária, mas administrada com consciência.
Quando insistir vira adoecimento:
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Quando sua própria saúde mental está sendo comprometida.
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Quando não há mais troca, só desgaste.
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Quando percebe que está sacrificando sua energia, sua paz e sua dignidade.
Por que buscar terapia nesse contexto?
Tanto o surdo emocional, quanto quem convive com ele, precisam de ajuda.
A terapia — seja ela energética, integrativa, psicanalítica ou comportamental — é o espaço onde essas camadas podem ser vistas, compreendidas e, sobretudo, curadas.
Pontos Positivos da Terapia:
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Quebra do ciclo de sofrimento.
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Reconstrução da escuta interna — aprender a ouvir a si mesmo de verdade.
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Desenvolvimento de autonomia emocional e energética.
Desafios no caminho terapêutico:
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Enfrentar a própria resistência à mudança.
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Romper crenças culturais que desvalorizam o cuidado emocional.
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Abandonar o papel de vítima e assumir responsabilidade sobre a própria vida.
Reflexão Final:
"É impossível construir pontes com quem insiste em levantar muros."
Se você percebe que está preso(a) nesse ciclo — como surdo emocional ou como alguém que convive com um —, talvez este seja o chamado que sua alma precisava ouvir.
O primeiro passo para quebrar o ciclo… é ouvir.
Ouvir de verdade. A si mesmo. E ao outro.
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Se quiser aprofundar esse processo, fale comigo.
Eduardo Junqueira Khouri – Terapia e Consciência
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